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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cavalo de Guerra



Mais um dos indicados a melhor filme no Oscar, Cavalo de guerra narra dificuldades que uma amizade entre homem e animal passa para provar-se pura e verdadeira.


A história começa numa Inglaterra rural às vésperas da Primeira Guerra Mundial. Albert, um rapaz de 17 anos, cria uma amizade especial com um jovem cavalo que seu pai comprou na feira da cidade. O homem, tomado de uma estupidez cheia de orgulho, resolve disputar o animal num leilão, contra um dos possíveis homens mais ricos da região. Paga três vezes mais do que poderia -ou deveria – pelo cavalo, perdendo inclusive o dinheiro que seria destinado ao aluguel do pequeno sítio onde mora com a mulher e o filho.

Albert e Joey - o nome com que Albert batizara o animal-, movidos por uma instintiva amizade e um forte vínculo, tentam ajudar no pagamento da dívida. Não conseguem, e o pai de Albert vende Joey aos militares, para a guerra que está prestes a começar.

Joey atravessa os quatro anos de guerra, vivencia momentos de dor, constrói amizades especiais, se mostra um ser inteligente e sensível, que parece entender mais de companheirismo e amor do que a própria humanidade em si.

O que eu acho-de verdade: O quê? Um filme sobre amizade - de novo-? Entre um rapaz e um cavalo? Na primeira guerra mundial? Mas foi o Spielberg que fez, não foi? Caramba, isso deu certo? Não, não deu. Pegue seu pote de sorvete... Não, melhor, açúcar puro, porque Cavalo de guerra tem mais ingrediente ‘doce e pegajoso' do que as meninas super poderosas.

Não estou criticando a história em si, mas a construção que se fez em torno dela. Meu deus, o Albert chora -!- porque o pai quer devolver o animal! Seria compreensível se ele fosse uma criança mimada de cinco anos, mas o cara tem uns dezessete anos, e se agarra no pescoço de Joey gesticulando coisas do tipo: "Não, pai! Por favor, ele é meu, é meu, foi feito pra mim!”. A cena é patética. Do meio para o fim, a história constrói laços bem interessantes, que podem sim emocionar. Joey conquista o coração de uma menina com problemas de saúde, uma personagem sem dúvida cativante. Mas, me desculpem, há momentos em que a barra é forçada demais, e simplesmente não dá -não dá!- pra deixar passar. Cavalo de guerra é sim tosco, e eu particularmente acho bem improvável que leve como melhor filme. Na verdade, acho que é mais um dos fortes candidatos a Sessão da tarde que estão por aí.


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