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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A guerra está declarada




  No momento, ando muito embalada pelo filmes de dramas e os romances, este em especial me surpreendeu e me prendeu de uma forma tão peculiar que eu não podia deixar passar em branco aqui no blog. Já estavam com saudades? Então clica aí.






    Posso dizer que o que me ganhou de cara nesse filme foi o cartaz (sim, julgo o livro pela capa). Mas, como um cartaz tão bonito e feliz pode pertencer a um drama? E foi aí que eu comecei a entender que "o buraco era mais embaixo" (?). A guerra está declarada conta a história real de Valérie Donzelli (diretora e roteirista do filme) e Jérémie Elkaïm (seu ex marido), um jovem casal com um bebê de dois anos, diagnosticado com um tumor no cérebro.


   Na história, eles são Romeo e Juliette, apaixonados, vivendo um lindo romance em Paris -com direito a passeio de bicicleta e piquenique-, mas que como os protagonistas do clássico Shakespeariano, estão destinados a um fim trágico. Com a gravidez não planejada de Juliette, que acaba trazendo ao mundo Adam, o casal se depara com os desafios da vida adulta, como ter o próprio apartamento, trabalhar, e ainda cuidar de um bebê, com os sonhos de adolescente se afastando cada vez mais. 

 
  Tudo é lindo e tudo vai bem, até que numa visita à pediatra é detectado um raro tumor no cérebro do bebê. E partir daí é que os desafios começam de verdade: a falta de dinheiro, o complicado sistema de saúde francês, manter o controle da situação emocionalmente, e ainda se manterem juntos. Tudo é muito bem focado no processo de absorção dessa nova realidade e na probabilidade da perda iminente de um filho.

- Estou com ódio, Juliette. Nós estávamos bem, éramos felizes. Porque aconteceu com a gente? porque o Adam?
- Porque seremos capazes de superar isso.


Com um tema tão delicado e doloroso, é difícil não virar um dramalhão mexicano, com direito a muitas lágrimas. Mas, por incrível que pareça, é bem o oposto disso. Não, não é um daqueles filmes apelativos, chorosos que te dão lições de moral e fazem repensar a vida. Com um lado cômico (algumas vezes beirando até o humor negro), uma suavidade e sinceridade sem igual, Valérie Donzelli certamente alcançou seu objetivo, tanto que o filme foi a esco­lha fran­cesa para indi­ca­ção ao Oscar de lín­gua estran­geira (mas não foi sele­ci­o­nado) e cha­mou aten­ção na Semana da Crítica do Festival de Cannes.



 A guerra está declarada é uma celebração à vida, ainda que em uma guerra ninguém saia imune. Um filme extremamente trabalhado, cuidado, com “supervisão” das pessoas que realmente viveram este filme (sem falar da trilha sonora que é incrível). Sei que, apesar de toda a maestria do trabalho, o longa provavelmente será incompreendido massivamente, mas, ainda assim, merece ser visto. Um verdadeiro achado para mim nesse ano! Assistam, tirem suas próprias conclusões e voltem para comentar. Foi bom voltar, abraços da Lilo.

Perdão pela sumida temporária, mas é que estávamos curtindo um cruzeiro no caribe, depois de uma caçada a um tesouro secreto que encontramos por aí. Depois de gastar alguns milhões, voltam os cães arrependidos, prometendo não abandonar mais este Pub. Palavra da equipe.

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