A algumas horas do Oscar, eu lhes apresento Histórias Cruzadas, um filme forte. Tratando principalmente do preconceito racial, ambientado na década 1969, em Mississipi, EUA.
Skeeter -Emma Stone- é um jovem recém-formada que sonha em ser escritora e muda com toda estrutura social da cidade de cabeça pra baixo quando decide começar a escrever histórias de mulheres negras, que trabalham como empregadas domésticas na casa de mulheres brancas. E a primeira a romper o cordão do silêncio, opressão e violência é Aibileen -Viola Davis(Indicada à melhor atriz), que trabalha como governanta na casa de Elisabeth -Ahna O'Reilly-, amiga de Hilly -Bryce Dallas Howard-, representante da clássica elite branca e escravocrata.
Aos poucos, Skeeter consegue cativar mais mulheres a contarem suas histórias, algumas divertidas -beirando o humor negro-, outras bem tristes e até mesmo cruéis.
É claramente evidenciado o laço criado entre criança e babá, quando a pequena Mae Mobley, filha de Elisabeth, diz para Aibileen: "Você é minha verdadeira mãe, Abbie". E a abraça, ternamente.
Interessante como as mulheres, sendo brancas ou negras, têm um papel forte e controlador na sociedade. Os homens, quando aparecem, nunca fazem muita diferença na cena. O filme faz escolhas certas. Elas estão na qualidade do elenco -Octavia Spencer e Jessica Chastain são boas coadjuvantes ( ambas concorrendo à estatueta de melhor atriz coadjuvante)-, e principalmente Viola Davis, com uma interpretação bastante convincente.
Chances reais de ganhar o prêmio de melhor filme: Apesar de ser um filme muito bom, é pouco provável que ganhe, mas ficamos na torcida pelas atrizes: Viola Davis, Octavia Spencer e Jessica Chastain.